ENCONTROS SOBRE O DECRESCIMENTO
LISBOA
14 e 15 de Setembro
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Sábado, 15 Setembro, 17-19h
ISCTE (Audit. Caiano Pereira, Edifício 1). Av. das Forças Armadas
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"Lamentamos. O estilo de vida que encomendou encontra-se esgotado" (intervenção plástica de Banksy)
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Continuar a tecer a rede
Depois de um período de pausa estival, retomamos o caminho que tínhamos iniciado no Porto, no passado dia 7 de Julho. Aí, em dois encontros muito concorridos e participados, estivemos com os nossos amigos da Rede Galega do Decrescimento, que vieram não só apresentar o Congresso Galego mas também debater connosco o decrescimento.
Vamos estar agora em Lisboa, onde as duas sessões previstas – em lugares e contextos diferentes – serão animadas pelo Álvaro Fonseca (Rede pelo decrescimento, Lisboa) e pelo Jorge Leandro Rosa (Rede pelo decrescimento, Porto). Nessas ocasiões, teremos também a participação de António Pedro Dores (Professor do ISCTE), e de Lanka Horstink (Espaço Gaia). E – o que é o mais importante – teremos a vossa presença, as vossas intervenções e testemunhos.
O programa dos dias 14 e 15, organizado pelo Álvaro Fonseca, apresenta-se particularmente favorável ao nosso debate em torno da proposta decrescentista que trazemos à sociedade portuguesa: os dois espaços envolvidos «representam», não sendo as únicas, duas vertentes muito importantes das esferas sociais que contribuem para clarificar o projeto, erguer uma intervenção pública e pôr em prática o decrescimento, os três passos essenciais com que devemos dar início a esta caminhada. As sessões oferecem também uma oportunidade para continuarmos a divulgar o “I Congreso Galego de Decrecemento”, que terá lugar em Ferrol, Galiza, nos dias 6 e 7 de Outubro.
Clarificar significa acolher as interrogações de todos os que vêm ter connosco; significa precisar o sentido daquilo que pensamos e dizemos, começando obviamente por esta necessidade – que é também uma escolha – de uma sociedade capaz de decrescer ao mesmo tempo que se enriquece nos planos social, cultural e político. A escolha do ISCTE corresponde ao desafio que trazemos a um meio académico que, embora dedicado à investigação da sociedade e da sua auto-reflexividade, raramente integra estas perspetivas no seu trabalho.
Erguer uma intervenção pública significa tomar consciência da tarefa mais difícil que certamente enfrentamos numa sociedade capturada por ilusões e processos desastrosos: pôr a sociedade portuguesa a debater e a considerar o decrescimento como uma alternativa de sensatez radical, ética e socialmente realizável, ao actual processo civilizacional. Esta dimensão é, de modos diferentes, abraçada quer pelo activismo social e ecológico do Gaia, quer pelo ISCTE, um espaço universitário aberto aos grandes dilemas do nosso tempo.
Pôr em pratica o decrescimento não é o passo mais difícil que nos espera. E não o é porque decrescer é uma possibilidade disseminada em quase todos os espaços sociais e em todos os gestos que fazemos: decrescer é incrementar a possibilidade de todos sobrevivermos às crises profundas que se avizinham nas nossas sociedades insustentáveis, abraçando modos de vida mais simples, frugais e conviviais. Mas é certamente o passo em que teremos de persistir, o passo que prosseguiremos todos, de maneiras muito diversas, em direção à reinvenção do futuro.
Esperamos por todos nos dias 14 e 15. Divulguem nos vossos círculos e junto dos familiares e amigos. Vamos começar a ter a mais urgente das conversas.
(projecto da) Rede pelo decrescimento
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